Quinta-feira, 3 de dezembro de 2015
Carolina, vou te chamar assim, que é como tua família te chama. Prometi que te escreveria uma carta pelos teus 30 anos - nossa, como o tempo passou rápido! - e aqui está ela, um pouco fora de hora. Devo avisar que não é uma carta sobre suas conquistas, não é uma retrospectiva dos teus maiores feitos, mas um ensaio íntimo sobre quem você realmente é hoje, aos 30 anos. E por isso te chamo de Carolina. Carol é aquela outra moça todo mundo conhece - mas não conhece - , Carolina só quem conhece sou eu, ou seja, você e é para ela que estou escrevendo hoje. Desculpa o atraso.
30 anos atrás você - no caso, eu - nasceu e seus pais nem sabiam que teriam uma menina. Escolheram o nome Carolina. E daí pra frente escolheram tantas outras coisas, mas muitas outras foi você - no caso, eu - quem escolheu.
Hoje, aos 30 anos, você não é nem de perto a mulher que esperava ser. Aos 30 anos você achava que teria sua casa própria, com um quintal e um cachorro. Que teria um emprego fixo e talvez fosse uma promissora diretora de arte, quiçá uma diretora de criação. Que estaria casada e, vejam só, no segundo filho, por que você sempre quis ser mãe cedo. Aos 30 anos você pensou que já seria adulta o suficiente para não ter inseguranças, que saberia tomar decisões sábias, que nunca mais acordaria com aqueles pesadelos infantis que te faziam amanhecer chorando. Você sonhava que, aos 30 anos, a vida estaria estável, pacata, encaminhada, com dinheiro na poupança, saúde de ferro e um bumbum bem durinho pelo hábito saudável de praticar exercícios, que você pensava que ia adquirir antes do 30 anos.
Hoje, aos 30 anos, você não é nada disso. Ouso dizer que você é o extremo oposto. Você vive de aluguel num apartamento que odeia e não tem quintal nem cachorro. Você largou seu emprego fixo e sua carreira de "promissora" diretora de arte e desistiu do sonho de ser uma diretora de criação, por que simplesmente tanta gente menos competente passou por cima de você, só por que você não é homem, nem tem cabelos brancos. E aí cansou, né? Você aprendeu que talento não é suficiente. Você não está casada e o primeiro filho não vai vir tão cedo. Todos os dias você se olha no espelho e se sente insegura. Uma menina que adquiriu rugas. Algumas vezes você chora.
Diariamente você faz escolhas terríveis - e se culpa - como comprar aquele sapato que você nunca usa com um dinheiro que você não tem e cada dia que passa você é mais consciente dos próprios defeitos que agora se acumulam não só na alma como na barriga, na bunda, nos peitos. Até hoje você acorda chorando com seus pesadelos e não tem nada que te cure, nem o abraço carinhoso do seu amor. Aos 30 você é ferida pura, zero saúde. Não tem joelho que preste, pernas que te sustentem e você adquiriu o péssimo hábito de comer porcaria pra ser feliz. O bumbum não está durinho. Seus olhos começam a acumular vincos e seu semblante vive num eterno cansaço. E você já tem 30 anos. Mas você só tem 30 anos. É um duelo.
Hoje, aos 30 anos, você acertou no amor, acertou bem, mas sente que perdeu no jogo. Ainda que suas conquistas pareçam imensas para os outros, para você existe um grande vazio que nem você compreende. É fato que você perdeu o que era vital e te trouxe até aqui: os sonhos! E hoje muita coisa que você dava valor, te incomoda. Aos 30 anos você não tem mais AQUELE sonho de vida pra perseguir, por que você nem sabe direito o que quer, sua existência virou de cabeça pra baixo de um jeito que você não sabe como colocar de volta ao prumo e esses pratos todos estão aí, sendo equilibrados ao mesmo tempo, afinal você é libriana e essa deveria ser sua especialidade. Você não sabe se é a idade cabalística, o alinhamento estranho dos planetas ou um leve desnortear que precede a escolha de um próximo caminho triunfante. Você está perdida e a vida não te oferece mapas, no máximo, pistas e você nunca teve muita paciência para charadas, convenhamos. Carolina, sem querer fazer muita poesia, você está fodida.
Mas hoje, aos 30 anos, você tem algo que exercício de bunda nenhum te daria: solidez de alma. Essa é a palavra da sua vida agora. Você é sólida, inteira. Você nunca foi tão fiel a si mesma, às suas vontades, às suas teimosias, às suas dores, às suas fraquezas, quanto agora. Você nunca foi tão assertiva, tão imperativa, tão independente, tão franca, tão frágil. Até quando seus movimentos titubeiam - e isso acontece com muita frequência - , você se segura, se recompõe, constantemente reúne seus caquinhos e segue sorrindo, por que é pra isso que temos dentes e sua mãe te ensinou a rir da própria desgraça. Cada minuto da sua vida é você quem escolhe o que vai plantar e é você quem colhe todos os frutos - os verdes, os podres e os maduros. Todos os dias você acorda com o único objetivo de superar sua própria inércia e provar sua determinação, ainda que você continue sem ir pra academia como você prometeu que faria.
Você abriu mão do conforto dos sonhos planejados pelo confronto de não saber para onde ir, mas continua indo, indo, indo. Mais do que brigar com o mundo, você brigou consigo mesma, com suas estruturas, com sua acomodação, com seu despreparo, você colocou em risco sua autoconfiança e fez ruir boa parte dessa fortaleza, mas construiu uma casca ainda mais dura. Você briga todos os dias com seu desânimo e todos os dias você acredita que o dia seguinte pode ser melhor, que a semana que vem vai ser mais incrível, que ano que vem vai ser o ano da sua vida, mesmo que você acabe o dia com a alma desgastada, perdida, pedindo colo.
Você leva seus dias assim, tateado o passo seguinte, farejando a próxima direção. Você chegou ao ponto de sequer conseguir decidir o que vai comer, por que comer não parece ser tão importante diante da enorme urgência universal que é de encontrar o eixo de si mesma. E, embora o quadro pareça patológico e desesperador, embora você sinta que sua alma está em fragalhos, cheia de remendos e novos buracos, você está mais do que viva e costura, pacientemente, sua próxima Carolina.
"Carolina", que texto incrível! Pode-se perceber que tem um autoconhecimento imenso. E muita sensibilidade. Escreve melhor que muito "escritor". Beijos
ResponderEliminarCarolina, se permite chamá-la desta forma, quem te acompanha (blog, fb, insta, snap) sabe que esse texto é a sua verdade escrachada. Me sinto um pouco como você, mesmo tendo apenas 22 anos de idade. Sou formada, trabalho na área que mais gostei na Universidade mas sinto que ainda não sei muito bem o que quero da vida... mas quero viver! No mais, te encorajo a viver também é quem sabe tentar um futuro como escritora, garanto que você não faria feio :)
ResponderEliminarBeijo!
Eu me vi muitas vezes neste texto e me encorajou a ser sincera assim comigo. Obrigada por ser quem é e mesmo com medo é essa decisão que vc carrega contigo! Parabéns!
ResponderEliminarNossa Carol, que bela reflexão!
ResponderEliminarTe acompanho há um ano e pouco e confesso que me identifiquei com vc por compartilhar-mos o mesmo nome!Nunca convivi(sei que não temos uma convivência, mas finge que sim, tá!) com outra Carol e pensei essa garota têm cara de gente boa!
Enfim, comecei minha viagem interior um pouco mais cedo.Tive síndrome do pânico com 21 anos e foi um alerta de que as coisas não estavam bem resolvidas, sei que com 21 anos é difícil ter alguma coisa bem resolvida!
Mas sou dessas!
Estou com 26 e acho que tô com um pé nos 30, a síndrome foi embora mas a minha busca interior continua.
Obrigada e Parabéns!
Sensacional o seu texto. Faz sentir e faz refletir. Muitas pessoas em um só texto, inclusive eu mesma - e nem ao menos nos conhecemos. Se eu posso fazer um adendo: sou uma fã da sua arte pessoal e nesse black friday comprei uma saia da prosa daquelas pra durar pra sempre. Com a certeza de que foi feita com muito carinho.
ResponderEliminarEnfim, escrevi um texto recentemente tambem no meu blog sobre sonhos estagnados e o nao reconhecimento de mim mesma. Eu só/já tenho 22 anos. E assim vamos sendo, tentando descobrir-nos e nos arriscar a continuar sonhando:) Um beijo!
Olá Carolina! Escrevo de Portugal e apesar de acompanhar o blog há anos, não pude deixar de comentar esta crónica.
ResponderEliminarO que fazer quando já não sabemos o que fazer? Continuar a andar, sem mapas ou setas que indiquem o caminho... Chorar e rir e nunca deixar de acreditar que de alguma forma havemos de estar a percorrer o caminho certo mesmo que pareça errado.
Afinal, qual é o sentido da vida? Não sei...
Obrigada pela partilha daquilo que és, sem rodeios ou fachadas. É uma inspiração!
Beijinhos
Patrícia
Parabéns pela coragem, pelo auto conhecimento, pelo anseio de vida.
ResponderEliminarBem vinda a maturidade!!! texto massa!!! Valeu!!! Adorei saber que vai voltar pro blogspot. xero e sucesso!!!!
ResponderEliminarQue lindo Carol, super inspirador. Acho que todo mundo pode se identificar com seu texto em algumas partes. Na verdade, ninguém tem as respostas ou certezas para tudo. Às vezes também já nem sei qual caminho seguir, antes tinha certezas, agora nem tanto... Nos perguntamos se estamos vivendo certo kkkk Mas essa é a graça, né?
ResponderEliminarBjsss
http://www.simpleness.com.br
Oi Carol, lindo texto... inspirador e profundo.
ResponderEliminarAcho que todos nós em algum momento paramos, olhamos para trás e não vemos muita coisa construída. Olhamos para frente e não temos ideia do que nos espera e qual caminho seguir.
Mas, se me permite dizer, nas entrelinhas senti uma autocobrança muito grande... Se aceite mais em seus defeitos e tente enxergar as pequenas (GRANDES) coisas já construídas. É fato que ninguém sabe de nossas próprias dores e delícias... e só nós mesmos podemos NOS julgar. Mas faça o exercício contrário... empilhe suas incertezas e dificuldades e faça outra pilha com as conquistas e realizações. Prenda-se na última pilha e continue acreditando na Carolina. Essa sim vale a pena prender-se!
Grande beijo, e feliz 30.
Fer
Apenas mudo o "libriana" por "leonina" e digo, descaradamente que o texto é meu. Intenso e verdadeiro. Muita luz saúde, Carols! bjão
ResponderEliminarQue incrível esse texto. Sua narrativa fez lembrar a forma de Chico Buarque escrever um livro que estou lendo...
ResponderEliminarQue texto mais lindo, que sensibilidade. Obrigada por tê-lo escrito. <3
ResponderEliminarAh Carol, vocÊ parece estar escrevendo a história de muitas de nós.. creio que seja a idade que nos pede um pouco mais de maturidade e pés no chão, mas ao mesmo tempo tem a adolescente que não quer crescer.
ResponderEliminarParabéns pelas mudanças no blog!!!
obs: me manda um oi no snapppp!!!
Beijos!!
Que incrível essa carta! Me inspirou a escrever uma também.
ResponderEliminarEu a acompanho faz um tempo, desde que você era diretora de arte rs, mas nem sempre comentava (estou trabalhando nisso e comentando de agora em diante). Bom ver que às vezes o futuro nem sempre nos reserva exatamente aquilo que imaginamos, mas que às vezes pode ser bem melhor se nós assim sentirmos que é.
É incrível como você cresceu e como não perdeu a essência. Amo a forma como você vê a vida e como a compartilha conosco.
Beijos
Que maravilhosa a tua capacidade de colocar no papel, de forma única e ordenada, todos esses sentimentos!
ResponderEliminarTambém tou me sentindo meio assim, estou agora com um autoconhecimento que nunca tive, mas me vejo sem rumo e sem certezas! Como se as coisas que quero - os planos e os sonhos - não fossem tangíveis. Como se o caminho que percorri não me levassem a eles, mas sinto muito orgulho de todo esse caminho, mesmo assim.
Deve ser o alinhamento dos planetas. Kkkkkkkk
Tenho 24 anos e tô com toda essa neura. Acho neura não tem idade. A gente sempre arruma motivo. O meu, no caso, é como se toda decisão agora fosse repercutir de forma determinante pro resto da vida, então eu paraliso. Sou doida. Mas tudo bem! ?
Carolina, que carta autêntica, uma conversa sincera consigo mesma, fui lendo e me sentindo privilegiada por ter acesso a algo tão belo e tão simples. Você não perdeu os seus sonhos não, porque no final você diz que "todos os dias você acredita que o dia seguinte pode ser melhor, que a semana que vem vai ser mais incrível, que ano que vem vai ser o ano da sua vida". Você mais do que nunca acredita e tem esperança, isso sim!
ResponderEliminarCarolina é inspiração, sou fã do blog há anos, não importa o nome que ele tenha e que agora ficou ainda mais bonito. Parabéns pelo talento e por ser Carolina.
Caramba, também tive pânico aos 21... fase difícil da vida mesmo! Que bom que hoje estamos bem e mais fortes! ;)
ResponderEliminarCarol, amei seu texto... Sabe que nunca consegui escrever uma carta para mim mesma? Já tentei, penso, penso e parece que não sai nada... rs
ResponderEliminarMas mudando um pouco o rumo, indico o livro Enfim, 30, da Camila Fremder e Jana Rosa, ele é leve e divertido, mas to me identificando a beça também! :)
Beijo!
Clá | http://www.umagarotacarioca.com.br
Texto maravilhoso! Tenho andado assim e me sentia só, pensava que era só eu...a sensação de que acabou tudo, acabaram-se os sonhos e eu não fiz nada, me sentindo velha e meio deslocada e olha que ainda falta um tempinho pros 30. Ler esse texto foi muito bom. Agradecida! :)
ResponderEliminarCarol, é incrível como vc é uma pessoa transparente. É possível perceber pelas suas fotos - no seu olhar, na pose que faz, nas roupas que escolhe e até no jeito que penteia o cabelo - a sua mudança nestes anos de blog. Às vezes eu entro aqui, leio um texto e vejo algumas fotos e logo penso "poxa, hoje a Carol está meio deprê" ou "Hoje ela está triste, cansada, com dor". Ainda que não escrevesse com esta sinceridade que pouco se vê no mundo virtual de vidas perfeitas, suas fotos mostrariam você, que é tão fotogênica que consegue mostrar o que vai por dentro, aquilo que as câmeras registram por fora. Um beijo
ResponderEliminarLindo! Lindo! Lindo! Me identifiquei com cada linha, cada palavra. Quer ser minha mais nova melhor amiga? hahahaha
ResponderEliminarOh Carolina, tenho 32 anos, sou uma criança com rugas e lutando contra os cabelos brancos. Estou longe de ser a pessoa que idealizei com essa idade. Sei que os trinta pesa muito, mas temos muito tempo ainda, acho que o melhor é o agora, podemos conseguir realizar os sonhos passados e ter novos também.
ResponderEliminarCarolina, seu nome poderia ser Paula.
ResponderEliminarObrigada por escrever pra você e pra mim ❤️
<3
ResponderEliminarobrigada, Ju! que mensagem linda. <3
ResponderEliminarestamos todas assim. eu, você, minhas amigas. Mas espero que passe e fique apenas o melhor pra gente. <3
ResponderEliminarTô doida pra ler esse livro, Clarissa! Já ouvi dizer que é legal mesmo. :*
ResponderEliminarque lindo Lu!! eu não tenho nenhum sonho definido e isso me angustia um pouco, mas realmente sempre acho que as coisas vão melhorar, seja lá que coisas são essas. hehehe No momento eu posso não sentir isso, mas tenho uma esperança sempre guardada. \o/
ResponderEliminardoida nadaaaa! eu penso assim também. Sabe aquela teoria do caos, que quando uma borboleta bate as asas aquele movimento reverbera em todo o universo? é isso. nem sei se coloquei a teoria certa, mas você entendeu né? kkkkk tamo junta! <3
ResponderEliminarGratidão!
ResponderEliminarTexto sábio, que mostra que quando só o nosso travesseiro sabe de nossas dores ainda assim alguém sente o mesmo e traduz de forma tão viva.
Carolina é uma menina linda <3
Pode não ter um cachorro e uma casinha com quintal mais tem muita gente que te ama e que se sente acalentada por seus textos :)
Obrigada Carols
Um beijo enorme,
Flávia
Obrigada, Pri!! manter a essência é fundamental pra mim. Sou muito arraigada ao que sou. É ruim para algumas coisas, mas de forma geral é positivo e fico feliz que continuo passando isso aqui no blog. :D
ResponderEliminarÉ isso. Estamos no meio do caminho. Eita estrada louca! \o/
ResponderEliminarE ai Xará!
ResponderEliminarTe acompanho a muito tempo, sei lá uns 4 anos, por ai!
Este texto "Uma Carta para Carolina", me tocou demais! Não sei porque também tenho esse nome, ou porque também estou em uma fase de transição, não, ainda não tenho 30 anos, tenho 25 daqui 4 meses 26..rsrs (mas, sem presa). Mesmo não vivendo o tal "divisor de água" 30 anos, acredito que cada ano que passa, cada fase que vivemos nos deixa mais cheia de inseguranças e sonhos perdidos. E atualmente, pra falar a verdade a um mês (bem redondo) atrás enfim tomei a decisão que mudaria minha vida, resolvi saí do comodismo de morar com os país e trabalhar numa microempresa de uma família amiga e ir em busca de um novo objetivo profissional condizente a minha formação, também sou publicitária...rsrs.. mas não diretora de arte!rs... E morar sozinha, que também não é nada fácil! Mas, é isso sempre confiante nos meus passos e colocando Deus na frente de tudo!
E saiba que ler o seu blog a tanto tempo, ler o seu "íntimo", me faz sentir ser sua amiga, e agora acompanhando no snap, mas ainda!rsrsrss...
Parabéns pelo lindo e sábio texto!
Obrigada sempre!
Obs. Eu nunca comento, porque morro de vergonha e esse texto mexeu tanto comigo, que até tomei essa atitude!rs
Carolina, antes achava que se eu tivesse o tivesse uma profissão, trabalhasse com aquilo que gosto o resto se resolveria sozinho, engano meu. Trabalho naquilo que sempre desejei, e posso dizer que nunca sofri tanto para viver já que nada acontece como a gente planeja, mesmo que a gente faça de tudo.
ResponderEliminarHoje sei que se a gente estiver bagunçada por dentro, de nada adianta ter casa com quintal e cachorro...
Em resumo, sua carta não serviu só pra você, mas também para uma mulher de 23 anos.
Muito obrigada pelo suas palavras.
Me fez chorar, "Carolina"! Tô bem pertinho dos 30 e é muito louco isso de a gente ver o que não conseguiu realizar. A carreira, a casa, os filhos, o amor (no meu caso) estão tão distantes... e o que nos preenche é um vazio.
ResponderEliminarQue logo, logo a gente encontre nosso caminho! Beijos
Oi, Carol! Só conheci seu blog hoje e estou encantada. Quanta sensibilidade e verdade <3
ResponderEliminarTexto incrível e emocionante!
ResponderEliminarDepois de um texto como esse, costurado com tanta maestria e sinceridade, onde me identifiquei várias vezes, por vezes lendo Amanda ao invés de Carolina, não encontro palavra à altura de "incrível" para descrever! Sabe por que Carolina está "fodida"? Porque tanto Carol quanto Carolina são foda!!!! Parabéns!!!!
ResponderEliminarCarol. Sei que muitas pessoas já comentaram, mas depois de ler esse texto precisei dizer que eu poderia ser a autora, porque é como me sinto todos os dias desse ano estranho em que fiz 30 anos e em que me sinto tão velha e sem sonhos. Obrigada por mostrar que não estou (não estamos) sozinha nessa insegurança e nessa inquietação. Torço que o nosso próximo ano seja mais bonito e com mais calma no coração e na alma. Um beijo grande.
ResponderEliminarCarol, lindo texto! visito sempre seu blog e só agora parei para ler, os 30 causa um certo medo em tds as mulheres é como se tivéssemos a obrigação de nessa idade estar com sonhos realizados, uma coisa meio que reportagem de revista caras "vivendo a melhor fase da sua vida!" #sqn, como diz o filme de repente 30, tem uma obrigação social de nos 30 estar na fase do sucesso! e eu aos 34, estou assim um pouco sem rumo nos projetos e sonhos, sem as mesmas idealizações dos 20 mas com a certeza de que o melhor estar por vir!
ResponderEliminarbjs Con :-)
Vou te contar um segredo: às margens dos 60, acordo todas as manhãs sem saber meu destino, e isso é uma benção,. Estar desatrelada do determinismo é o melhor que podemos fazer por nós mesmas.
ResponderEliminarEscreve um livro, please!
ResponderEliminarSempre acompanhei seu blog, instagram, snap.. etc, mas não tenho hábito de comentar as coisas, pq penso...todo mundo comenta, o que eu poderia dizer... mas vou comentar pq esse texto é inspirador e me fez pensar em milhares de coisas a respeito de mim. Isso que eu ainda nem cheguei nos 30..kkkkk
ResponderEliminarParabéns Carol!!
Ah Carol ...belo texto, profundo e conversou muito comigo.Meus medos , inseguranças , decepções e a eterna jornada de se buscar e se conhecer mais e mais. ainda n tenho 30 mas as vzs me pego nessas "crises" existenciais e nem sempre respondo rápido às neuras vai ver é coisa de libriano né? Só tento lembrar que possivelmente todos passam por isso em algum momento , e quem não passa é porque não parou pra refletir sobre e si e sobre o mundo e isso sim é pra se envergonhar.Saber quem sou e o que me move é um desafio e uma nova descoberta a cada dia ... desejo tudo de bom pra vc nessa etapa .Sucesso!
ResponderEliminarCarol, acabo de conhecer seu blog e me deparo com esse texto...E que texto!
ResponderEliminarEu, longe dos 30, achei tanto de mim e me vi torcendo para ser melhor... Para conseguir o quintal, o cachorro e o amor. Mas caso eu não tenha nada disso, quero - como você - ter a solidez da alma e achar algo que me faça querer sonhar e realizar.
Parabéns! Beijo.
Eu, mais uma das novatas daqui, me deparo de cara com esse texto: minha nova reflexão de fim de ano! Ainda distante dos 30, vejo tanto de mim nestas palavras, nestes planos! Que sua solidez de alma nos propicie mais textos inspiradores e reveladores como este! Parabéns ''Carolina''! Sucesso!
ResponderEliminarVou mudar o A pelo E, e assumir sua carta como minha (meu nome é CarolinE)... rsrs
ResponderEliminarFiz 31 e me sinto exatamente como você descreve no texto. Fiquei esperançosa por não estar sozinha (olha quanta gente nos comentários)... rsrs
Obrigada pelo texto.
Bjs
Sensacional!!!!
ResponderEliminarCarol,
ResponderEliminarConheci hoje seu blog, com esse texto incrível.
Tenho 28 anos, e já me identifico com uma série de situações que você descreveu.
Mas também me sinto mais fiel a mim do que nunca...
Obrigada por compartilhar todos esses sentimentos com a gente e me fazer sentir menos "perdida" nessa vida, rsrs
Bjosss
chorei e me identifiquei num grau! parabéns pelo belíssimo texto!
ResponderEliminarQue texto incrível ,Carol !!! Parabéns !!Pude me ver em quase todos os trechos !!
ResponderEliminarQue texto lindo, profundo, sincero...devo dizer que estou num turbilhão de auto conhecimento e transformação super parecido. E devo dizer que sou libriana, tenho 31 e tenho uma filha de 1 ano. Super me identifiquei. Da cá um abraço!
ResponderEliminarAmei seu texto, simplesmente.
ResponderEliminarAmei sua carta.
ResponderEliminarAcho que é a primeira vez que comento num blog que acabei de encontrar, mas é que precisava dividir a profusão de sentimentos que suas palavras despertaram em mim. Estou a meses do meu trigésimo aniversário e - se eu tivesse seu talento haha - seu texto poderia ter sido meu. Comecei a fazer 30 anos aos 27. Foi aos vinte e tantos que perdi a vontade de contar os anos, pois cada página virada do calendário me aproxima da idade em que eu achei que minha vida já estaria resolvida. Hoje, aos 29 anos, eu não tenho resolução de nada na vida: não tenho casa, jardim, filho e nem cachorro. Não tenho nem emprego fixo. Não tenho mais o relacionamento que eu tive nos últimos 5 anos, e só quem está ou esteve solteira aos quase-trinta entende o peso que isso tem. O que eu tenho, como você, é a certeza de que eu nunca fui tão eu mesma quanto hoje. Tenho sonhos e tenho mais equilíbrio emocional para persegui-los quando tudo parece desmoronar. Tenho mais serenidade para driblar os dias ruins e empatia para enxergar as dores alheias. Tenho a certeza do amor da minha família. Tenho coragem de usar esmalte verde, tênis, camiseta de filme e todas essas coisas que eu me achava velha demais para usar depois que me formei. A gente sempre acha que envelhecer é uma progressão, mas eu me sinto como um conjunto, como uma matrioshka. Como se todas as minhas personalidades passadas tivessem se reunido em plenário e entrado em conciliação. E isso, por mais que a gente não projete, é bem-vindo e necessário.
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