Dica do dia: 5 formas de renovar o guarda-roupa com a consciência - quase - limpa

22 abril 2016
Em tempos de renovação de vida, de estilo e de armário, estou com algumas preocupações: 1) comprar peças realmente bacanas e versáteis; 2) comprar menos e melhor; 3) consumir de forma um pouquinho menos nociva para o mundo. Sou uma viciada em lojas de fast fashion mesmo. Adoro a rapidez que as tendências chegam às nossas mãos e com preços que eu posso pagar. A Zara é meu xodó e, de todas as roupas que tenho, são sempre as da Zara que são usadas até gastar. Mas não gostaria de renovar meu armário pensando em comprar tudo na Zara e sim buscar outras alternativas para remontar minha nova vida fashion. Por isso decidi compartilhar com vocês 5 formas de renovar o armário, com a consciência quase limpa!


Mas por quê quase limpa? Por que não conseguimos ser 100% "limpos" no nosso consumo de moda, a menos que sejamos nós mesmos a fabricar o algodão, depois tecer, depois tingir, depois costurar a roupa. Em toda a cadeia produtiva de qualquer item de moda pode haver danos às pessoas e ao meio ambiente que nós não temos conhecimento.

Eu não escravizo pessoas na produção da Prosa, mas não tenho controle sobre a forma como a fábrica que imprime o tecido atua. E se a fábrica for ótima como ela diz que é, eu não sei como o algodão que eles usam é plantado, se usam agrotóxicos ou não, enfim. O caminho é enorme e se, para uma marca é difícil fiscalizar cada etapa de um processo de produção, imagina para o consumidor final. Portanto, nossa forma de reduzir o impacto do nosso consumo na cadeia produtiva, é através de um consumo mais inteligente mesmo. É o que nos resta! Então vamos às dicas!



Sou APAIXONADA por brechó. Pra mim não tem essa de "energia dos outros". Roupa lavada é roupa nova. Por isso essa é minha primeira dica. Além de prolongarmos o tempo de vida de uma roupa (e isso impacta positivamente no ambiente!), comprar em brechó é uma forma de garantir roupas únicas e ótimos preços. Já falei várias vezes aqui no blog dos benefícios de comprar em brechó e não canso de repetir: dá pra encontrar muita coisa legal, modelagens diferentes e tecidos bons de verdade, coisa que anda faltando nas lojinhas de fast-fashion por aí.

Dentro da categoria brechós, incluam aí o enjoei.com. Compro muita coisa no site e amo ter esse brechó muito mais amplo. Claro que ainda prefiro visitar os brechós pessoalmente, mas o Enjoei é uma ótima pedida, principalmente porque dá pra negociar os valores das peças, fazer ofertas e tudo de forma bem prática. É ótimo pra quem, como eu, morre de vergonha de pechinchar coisas. kkkkk
Quem aí ama bater perna em feira? Eu amo. Adoro ir pra todo tipo de feira, principalmente as de antiguidades, porque é uma oportunidade de comprar roupas artesanais ou mesmo vintage. Aqui no Rio eu costumo ir à Feira do Lavradio e à Feira da Praça XV. Ambas são de antiguidades e já garimpei verdadeiros achados fashion nelas. Existem também feiras organizadas para promover marcas locais e são uma boa opção pra quem quer ver coisa nova, mas não quer entrar num shopping. As minhas preferidas são O Cluster, Mercado Mistureba e Babilônia Feira Hype.

Aproveitem para colocar no quesito "rua" as lojas de centrão também. Muita gente tem preconceito em comprar em loja de centro, em camelô (queria saber como nascem esses preconceitos kkkk), mas eu sou defensora ferrenha desse tipo de comércio. Adoro um achado de centrão e amo andar naquele vuco-vuco, não me perguntem o porquê. kkkkkkk

Não sei como é aí pelo Brasil, mas sei que em São Paulo os bazares de igreja BOMBAM muito. Muita coisa bacana pode ser encontrada nesse tipo de bazar. Aqui no Rio não vejo muito esse movimento, mas gostaria de ir a São Paulo passar uma semana só passeando pelos bazares de igreja de lá. Fico imaginando a quantidade de peças incríveis que podem ser encontradas nesses lugares. Muitas vezes as peças são vendidas a preços muito, muito módicos e dá pra fazer a festa com R$ 100.



Toda cidade tem gente jovem, criando, colocando coisa no mundo. Uma galera que está produzindo moda e nós podemos colaborar para que esse mercado ganhe força. Eu compro de algumas marcas locais, aqui do Rio, mas gostaria que meu armário respirasse ainda mais novos ares, tivesse uma outra vida fashion dentro dele! Tem tanta gente criando diariamente marcas novas (alô, Prosa!) que as opções de consumo estão cada vez mais amplas e isso é legal não só pra trazermos peças diferentes pro nosso armário, como também para ter uma certa "exclusividade" no que vestimos, já que marcas pequenas não costumam produzir em grandes quantidades. :)


Taí, essa eu nunca experimentei, mas sei que muita gente faz e dá certo! Trocar roupas entre amigas é uma boa pedida pra renovar o armário sem gastar um tostão. A única ressalva é: DESAPEGO. Se você não usa mais um vestido bem muso de paetês e sua amiga não tem outro vestido tão brilhante pra trocar com você, troque por outra peça que você vai usar. Nada de bancar a avarenta e ficar comparando "valores" das peças. kkkkkk. É claro que você e as amigue têm que ter em consideração o bom estado das peças, porque ninguém vai trocar uma blusa de renda francesa por uma t-shirt pano de chão, mas com bom senso e esportividade, trocar roupa entre amigas pode ser divertido (principalmente se envolver taças de vinho). 

Uma coisa que rola muito em bazares de troca é você criar fichas com "valores" das peças, pra não gerar confusão. Exemplo: o vestido muso vale 6 estrelinhas, a camiseta podrinha 2 estrelinhas. Com seu vestido muso, você pode levar 3 camisetas podrinhas. Sacaram? Acho válido.

BONUS TRACK

Pensei em 5 formas de renovar o armário de forma mais consciente, mas lembrei de outra bem pertinente: a costureira. Gente, eu sei que é difícil achar uma boa costureira, mas é uma mão na roda quando encontramos uma. Adoro poder comprar um determinado tecido e fazer a roupa que eu quero. É uma forma de valorizar o trabalho de tantas profissionais e ainda ter uma roupa praticamente exclusiva! :D


Como falei no post anterior, sempre compro umas pecinhas na Zara pra dar o "tom" do meu armário e depois vou catando o resto por aí, não só pra equilibrar o orçamento, mas também pra não consumir apenas fast-fashion. É legal podermos movimentar outras possibilidades de negócio né? Se isso faz com que nosso consumo seja um pouco mais consciente, então vamos lançar mão de todas as opções, montar um guarda-roupa mara e ser feliz! \o/

12 comentários on "Dica do dia: 5 formas de renovar o guarda-roupa com a consciência - quase - limpa"
  1. Carol, gata, você recomenda alguns Brechós específicos aqui no Rio que você mais gosta? É que você está me empolgando muito nessa nova onda de renovar o armário conscientemente. Feirinha as vezes encontro, mas nunca dei muita bola, vou passar a visitá-las mais. Brechó que não conheço mesmo. Vou dar uma olhada no bazar da minha própria igreja agora também, sempre dou as roupas mas nunca comprei nada kkkkk

    Beijo!!

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  2. Muito bacana o post, como sempre, Carol! Gostei das dicas. Onde eu moro não conheço muitos bazares, mas tem muitas feiras então vou começar a procurar! Beijos!

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  3. Carol, o brechó é perfeito pra quem quer um guarda-roupa menos culpado e não tem muita grana pra comprar $ SÓ roupa feita por lojas incríveis que se preocupam com a exploração (humana, de recursos, animais e etc). Realmente, o designer, estilista, enfim, ele consome o produto da indústria têxtil e a pessoa que compra a roupa pronta, consome do designer. Mesmo que venha dele uma preocupação em pagar bem sua mão de obra e outras assim, é impossível para ele (nós) termos controle de como esse tecido foi tingido, quanto de impacto ambiental ele gerou, quem foi prejudicado no processo e até mesmo como o algodão foi plantado (!). Pensando no presente, eu acho que quase tão importante quanto evitar comprar de fast fashion, é evitar comprar demais, no geral. A roupa de fast fashion existe, o tecido resultado da podridão da indústria têxtil existe e nada que poderíamos fazer mudará isso pra amanhã ou mês que vem. O mínimo que podemos fazer é usa-lo com consciência e evitar, ao máximo, que essa peça vá direto - ou muito cedo - pro lixo e sature ainda mais o ambiente, e gere mais resíduo ainda. Não há saída pra roupa, mesmo que ela seja reciclada em anel aberto (reformada, ser transformada em artesanato, etc) ou em anel fechado (ser desfibrada e virar um novo tecido), nunca será a mesma coisa (ou ter a mesma qualidade) e dificilmente poderá ser reciclada duas vezes. Tirando a dificuldade da reciclagem em si. A saída mesmo para nós que não vamos mudar uma lógica de produção do dia para a noite, é ser mais consciente ao comprar (prolongar a vida útil ao máximo) e ao descartar (doar, vender, etc) a própria roupa.

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  4. Gleiciani22.4.16

    Carol, só acho que somos muito gêmeas! Que sintonia é essa! Kkkkkk Das opções que você citou, a única que ainda não experimentei foi a troca com as amigas (já planejando aqui rs), mas de resto, uso todas as outras e adoooro! Inclusive, ontem mesmo peguei minha nova saia midi ~bela recatada e do lar~ na costureira! :D #sóamor bjoos e ótimo fim de semana.

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  5. Carols, queria muito comprar em brechós aqui no Rio, mas não conheço nenhum legal. Você indica algum?

    Beijos!

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  6. Adorei as dicas Carol!
    Eu não tenho muita sorte nas vezes que vou em brechós, não é sempre que me apaixono loucamente por algo, mas essas feiras de rua e bazares de troca eu já fui e participei de muitos e super valeu a pena pro meu armário! E trocar com as migas também, sempre dá certo!

    Beijos!
    Blog Bianca Schultz

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  7. Sempre muito bom ler seus textos. Massa!

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  8. Carol, a Ju Sacramento já fez vários guias de brechós aí do RJ.
    Dá uma olhada! http://www.temnomeuquintal.com/

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  9. ADOREI AS DICASSS!!!

    Eu não consigo comprar roupa de segunda mão. :( Mas eu sempre vendo minhas roupas nos grupos de de bazar do meu bairro, no facebook!!! Com esse dinheiro, consigo comprar coisas que estou precisando.
    Compro roupa na promoção de marcas legais, adoro e tenho coisas de qualidade!!!
    E tbm adoro a feirinha do meu bairro, só de roupas....claro que nem tudo vale a pena, mas você procurando direitinho, consegue achar coisas mt boas!!!
    Estou doida pra ir nesses eventos de moda, como o Babilônia Feira Hype, sei que vou adorar!!!
    Beijosss

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  10. Carol,
    não custa perguntar: costureira, v. indica alguma? Quer dizer, poderia indicar aqui nos comentários?

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  11. As dicas são ótimas e é por aí mesmo que a banda deve tocar!
    Minhas roupas são todas ou de bazar da loja (o vulgo ponta-de-estoque) ou de brechó. Uma ou outra é troca (ou mesmo doação) e de fabricação independente.
    Aqui na Tijuca tem muito brechó (o do Casarão, na Haddock Lobo 253, tem até móveis recuperados), além dos bazares das igrejas (Santa Therezinha, Capuchinhos). Na Seans Pena, um bom bazar é do centro espírita Ramatis, mas tem que chegar cedo, quando abre, às 14h da segunda e da quinta feiras.
    Tenho uma amiga costureira (das boas, que faz de vestido de noiva a fantasia de escola de samba!), que largou o emprego e passou a costurar em casa e vender numa barraquinha aqui na Rua do Matoso,entre o Mundial e posto de saúde (não é publicidade, haha). Então meio que o nosso universo fashion gira entorno disso.
    Achei o máximo esse conceito de armário cápsula, que com certeza adotarei no futuro, mas não por agora kkkk na verdade, tive armário cápsula a vida inteira, deixa eu ostentar um pouquinho agora, pôxa XDD
    Tudo de bom, moça!

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    1. Ótimas sugestões! Não moro mais na Tijuca, mas conheço bem essa região. Vou tentar esses bazares e brechós.

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