Estou eu com 30 anos, empreendendo num mercado bem difícil (esse da moda), numa crise de idade, de perspectivas (tô eternamente em crise com as notícias do Brasil), de tudo. Eu passei 10 anos trabalhando em agência e uma das coisas mais desafiadoras da minha profissão de criativa era justamente ter meu cérebro desafiado constantemente. Ora agora, por mais que eu precise de criatividade para pensar nas coleções da Prosa, o fato é que 80% do meu tempo é dedicado a tarefas que exigem muito pouco da minha inteligência, como por exemplo, embrulhar encomendas, ir aos Correios, pagar contas, passar roupas, buscar costuras. Mesmo sem querer desmerecer esse trabalho que é digno como qualquer outro, é inevitável que eu sinta meu cérebro atrofiando aos poucos com essas tarefas tão mecânicas. E, por incrível que pareça, isso influencia muito nos desdobramentos criativos da minha vida, desde a forma como eu me visto (quando tenho vontade de pensar no que vestir, né?), até minha vontade (quase nula) de escrever, pintar, tirar fotos pro blog, fazer colagens ou qualquer outra atividade que eu exercia por distração e que agora eu não exerço de todo, tamanho é o deslocamento da alma.
Apesar de não ser de hoje que eu bato nessa tecla de rever meu estilo pessoal e tudo que tem no meu armário, foi só ontem que eu parei para DETONAR tudo o que me incomodava dentro dele. Esse processo tem uma componente emocional muito forte, que eu adiei o quanto pude para enfrentar, porque eu sabia que me livrar de todas as roupas seria um ato de "destruição" pessoal. De peça em peça eu fui retirando da minha vida as várias Carolinas que eu guardei até agora. A Carolina baladeira das roupas de paetê, a Carolina despojadinha com short rasgado e mix de pulseiras, a Carolina publicitária de allstar e camisa xadrez, a Carolina perua de vestido coladinho de oncinha. Várias facetas que não fazem mais sentido pra mim, ainda que eu esteja em busca do que faz sentido.
O desapego foi imperativo e, se por um lado o sentimento foi de libertação, leveza, por outro foi um momento de exaustão dos sentidos. Anos acumulando fardos e cabides das inúmeras peles que eu criei e vesti. Dezenas de peças sem propósito, coisas que ainda cabem no corpo, mas não cabem mais na alma. Naquele momento meu desejo era zerar o armário, me livrar de tudo mesmo, como se fosse uma negação de mim mesma, mas ainda não tenho o desprendimento necessário para desfilar minha completa nudez. Então tirei tudo o que foi possível para que eu me mantivesse vestida pelos próximos tempos, até ter $$ pra ir montando um novo estilo pra mim, uma nova Carolina, quem sabe.
Por fim o que sobrou no armário foi tudo de mais neutro e simples que eu poderia encontrar. Peças que não me incomodam, mas também não me fazem suspirar. Uma espécie de pausa nos sentidos, para que eu encontre um caminho novo para recomeçar meu estilo. Eis aqui a seleção das sobreviventes!
É incrível como nosso armário diz tanto sobre nosso estado de espírito. Eu confesso que estou bem introspectiva ultimamente e isso está visível nas roupas que escolhi manter no guarda-roupa. Eu sempre digo que nosso estilo é um texto poderoso sobre quem somos, mas obviamente que esse texto só faz sentido se nós formos fiéis à nossa essência na hora de escolher o que vestir. O que percebi claramente é que a cor foi praticamente eliminada do meu armário. Tudo é preto, cinza, verde musgo e offwhite. Um ou outro ponto de cor aqui e ali só pra eu não dizer que estou morta. Risos. Estou optando pela sobriedade, para que as cores não confundam ainda mais meus sentidos.
Listrado não é cor, mas é uma fixação que tenho tido ultimamente e meu armário é puro repeteco de listras. Tirando o amarelo ocre e umas pitadinhas de magenta escondidas por aí, o resto é isso que vocês estão vendo: uma paleta de cores super invernal, taciturna, obscura, em pleno verão carioca. E é aqui que entra uma breve análise das minhas escolhas "fashion": eu resolvi entender em que estado de espírito anda meu armário.
E a resposta é: inverno.
Eu tirei mais de 10 sacolas de roupas para doação e aproximadamente 200 peças para fazer meu brechó online. Fiquei com 86 peças de roupa, mas mais da metade são roupas de inverno. Então hoje tenho exatas 33 peças para montar meus looks de verão e ainda não parei para exercitar as possibilidades. Também encontrei um desequilíbrio drástico entre partes de cima e de baixo. Existe uma "proporção ideal" na produção de moda que seria de 2 partes de cima para cada parte de baixo e eu, como vocês podem ver, estou pouquíssimas opções de blusa em relação às partes de baixo, mas aos poucos vou ajustando o armário para algo mais funcional.
O fato de eu ter formado minha personalidade num país frio como Portugal, faz com que eu sempre invista melhor em peças de inverno mesmo estando no Brasil. É uma espécie hábito ou de conforto emocional, apego a uma parte muito significativa das minhas raízes e, portanto, foram justamente as peças de inverno que eu tive mais problemas em desapegar, porque eram também as peças de melhor qualidade.
Em contrapartida percebi que tinha muita roupa de verão, mas todas de má qualidade, compradas em fast-fashion baratinha. Roupas que não agregavam nada ao look e serviam apenas para encher o armário. Dezenas de blusinhas que viram pijama ou roupa de academia hahaha. Tirei tudo. Deixei o básico-vou-ali-na-esquina e alguns desses básicos serão substituídos por outros básicos de maior qualidade muito em breve.
Meu guarda-roupa continua cheio de roupa velha, mas depois desse desapego tão gigantesco, vai ser mais fácil remodelar seu conteúdo novamente. Daqui pra frente quero comprar somente roupas boas relevantes! Ainda que meu estilo continue básico, que esse básico seja, no mínimo, muito sofisticado. :D
Desapegar assim foi umas das melhores decisões que tomei, me sinto quilos mais leve. Seu armário ficou lindo lindo! <3
ResponderEliminarCarol, admiro muito seu estilo e seu empreendedorismo. Acho incrível como as pessoas podem, assim como você fez, se libertar da escravidão do "tem que ter" e montam um guarda roupa com poucas peças, básicas e super estilosas. Admiro pessoas, como a Joana, do um ano sem zara que conseguem ter uma visão mais amadurecida do próprio estilo e desapegar do supérfluo.
ResponderEliminarEspero um dia conseguir também, acredito que é algo que vem com a maturidade mesmo, eu, hoje, aos 25 anos já me preocupo em comprar menos quantidade e investir em qualidade, comprando usados ou deixando de comprar 3 peças mais ou menos de uma fast fashion e investindo em uma peça de marca mais "bacana".
Um dia eu ainda quero ter um guarda roupas de menos de 100 peças, mas acho que morando numa cidade em que no verão chegamos a 35 graus e no inverno as vezes temos temperaturas negativas pode ser que fique um pouco dificil...
Carol, em cada metamorfose você abala mais!
ResponderEliminarCarol, você é incrível e brilhante nas palavras, nao pare de escrever...no ultimo ano é exatamente assim que me sinto, sinto uma necessidade quase que vital de me desapegar dos montes de roupas que venho acumulando ao longo dos meus 36 anos...uma doenca, me sinto sufocada pelos cabides amontoados que nao me deixam ver as pecas, as vezes penso em doar tuuudo, depois um bazar, depois uma fogueira, rs rs, enfim... Imagino que esteja leve, e meu projeto de vida é montar um guarda roupa emxuto, funcional e de qualidade. Enquanto eu nao fizer isso, tenho a impressao que nao conseguirei fazer nenhuma outra coisa kkk. Quando eu crescer quero ser voce!
ResponderEliminarNossa. muito legal! Eu estou precisando muito fazer algo parecido lá em casa. No entanto estou num momento complicado porque estou grávida e fica mais difícil saber o que quero desfazer sem conseguir experimentar!
ResponderEliminarAssim que eu voltar ao corpo normal vou aproveitar a licença maternidade para dar uma geral lá em casa não somente de roupas mas utensílios domésticos que ocupam espaço e não são usados!
Beijos!!!!
Oi Carol, adorei o texto, especialmente a parte que falas sobre "retirar da vida as várias carolinas guardadas", é bem isso, me identifiquei muito, e acho sensacional ter essa abertura para ser várias e ser quem quiser por um dia. Eu ando no sentido inverso, querendo ser tudo o que posso ser, nem q seja por algumas horas (e acho que essa coisa de trabalhar em escritório me limita muito para ser quem sou). Mas, o que eu queria dizer mesmo é que senti falta de estampas, das tuas próprias criações, da cor, alegria e vitalidade que costumas passar através do teu blog. Cadê as estampas maravilhosas da Carol Burgo nesse armário? Ficou um vaziozinho/ tristezinha no fim do post...
ResponderEliminarSó uma dúvida: o "básico vou ali na esquina" está nessa seleção que você mostrou?
ResponderEliminarNossa, Carol, me identifiquei muito com teu texto! Estou criando coragem pra fazer a mesma coisa, mas eu também tenho meu blog de moda e fico apegada a peças porque eu acho que em algum momento eu vou usar elas pra fazer algum look do dia. É muito assustador pensar num guarda roupa de 86 peças. Mas, por outro lado, deve ser libertador. Dizem que pessoas muito criativas tem mais o que pensar do que "no que vestir", vide Mark Zuckerberg, que tem roupeiro de desenho animado: sempre a mesma camiseta, mesma calça, mesmo sapato. Por que? Porque ele tem decisões mais importantes pra fazer. Tenho pensado muito nisso. Vou fazer 30 anos, então também acho que faz parte da fase da vida todo esse repensar. Obrigada, me inspirou. Emoticon smile
ResponderEliminarEu também ando a loka das listras... rs
ResponderEliminarTambém me sinto numa fase mais reflexiva e introspectiva, meio em crise profissional/de identidade, só que no meu caso isso me dá uma total falta de energia de abrir meu guarda-roupa e fazer uma faxina justa...
Acabo só comprando peças novas para tentar preencher o vazio e atulhando cada vez mais meu armário...
Queria motivação para dar uma repaginada no meu estilo também, acho que pra esses casos, menos é mais. Ter um monte de roupa que não nos representa mais só serve para ocupar espaço.
Estou com atual 20 anos, e sinto que estou com 30. Me lembro o dia do mês passado que levantei do sofá e fui no meu quarto. Tirei inúmeras peças de cima, e deixei apenas aquelas que me faziam me sentir bem. Desde esse dia venho comprando roupas que ao olhar me fazem me sentir bem. Invisto em peças que tenham qualidade para durar, não exatamente para a peça simplesmente durar, mas para durar a sensação boa que sinto com ela no corpo, a tranquilidade, a calma, é como se essa peça fosse minha armadura ou a chave para o meu sucesso. Invisto em peças que me fazem sentir livre, fluente, leve. Diferente de ti, estou buscando cores, mas ainda tenho algumas peças pretas, de vez em quando não resisto. É uma pena que esteja perdendo o desejo por escrever, mas fico feliz que quando o faça, traz uma informação bacana e ajuda espiritual enorme. Sucesso!
ResponderEliminarCarol, acho muito bacana como seus textos despertam algo em quem os lê. Se não estivesse no horário do almoço no escritório, estaria nesse momento na frente do meu guarda roupa analisando ele com os mesmos olhinhos impiedosos teus. Mesmo já praticando o desapego, me deu vontade quase que te fotografar e mapear tudo como você fez e ter um retrato meu, em forma de roupa. Fiquei pensando também como fast fashion é um câncer onipresente e a relação entre o nosso emocional e nosso consumo nesses lugares. Estão muito ligados, realmente.
ResponderEliminarBacana, viu? Estamos com você! Essa busca por quem somos é linda. Continua dividindo com a gente.
carol,
ResponderEliminartrabalho no site enjoei sabe? depois que entrei aqui parece que minha cabeça abriu pro desapego fashion.
o que não uso tem 6 meses já vendo ou vai direto pra família/doação.
tem peças que são difíceis mas agora tô num momento de me encontrar fashionicamente falando já que olho pro meu guarda roupa e não uso metade. então quero me livrar do que não uso, enocntrar o que quero e montar um guarda roupa bem usual mesmo, tipo o teu.
é muito difícil quando você tem roupa mas não se encontra mais ali, ainda mais quando isso reflete em outras áreas da vida, mas é bom.
gosto muito de ti!
beijos!
Amei!!! Atualmente, tenho 50 peças totais de roupas no meu armário e não me arrependo: tudo me veste bem, amo tudo o que eu tenho, tudo ficou prático na hora de me vestir.... foi ótimo!!! E libertador também, passei por várias catarses ao longo desse processo de desapego. Eu te entendo perfeitamente :)
ResponderEliminarFaz muito bem ao espírito.
ResponderEliminarComo seria bom fazer essa reorganização, esse senso de prioridades e reconhecimento em outros aspectos da vida.
E quando você tirou as fotos me deu uma ótima ideia, mesmo que eu não tenha muitas roupas, pois não gosto de acumular coisas, tipo com as fotos fica melhor ter uma noção do que combina com o que, tipo a Cher de Clueless, dá pra ter uma ótima perspectiva.
Amo/vivo/sou preto e listras. É o que mais tem no meu armário.
Na verdade amo tudo que é básico, deixo as estampas para vestidos porque às vezes quero ver cor :)
Que bom que vc compartilhou esse momento, foi muito inspirador.
xero
Queria saber também se não te faz falta blusas e vestidos sem manga, ou de alcinha, principalmente diante do calor que faz no Rio. Não sou muito acalorada, e ainda assim acho que mangas potencializam o calor no verão, uso muito roupas abertas e sem manga nessa estação. Também senti falta de coletes, lembro q tinhas alguns bem lindos!
ResponderEliminarTe entendo perfeitamente. A pouco tempo me livrei de todas as peças que estavam mais por apego do que por serem usuais e me deparei com um guarda roupa basicamente nas cores: azul, branco, cinza e preto. Me sinto muito melhor e mais confiante agora do que com toda a infinidade de roupa que tinha. Obs: quero saber se o brechó será online pq já quero umas pecinhas invernais! :)
ResponderEliminarCarol, uma delícia ler este post. Acho muito inspirador quando as pessoas compartilham seus processos de estilos, e amei a parte dos "cabides/papéis" que a gente acaba criando para atender expectativas sociais. E é muito legal quando a gente pode despir tudo isso, e encontrar nossa essência <3
ResponderEliminarSobre a paleta de cores, magenta e ocre (que pra mim é um amarelo invernal) são cores que venho tentando adicionar às minhas cores.
Beijão
Anna
creyssaphyna.com
Minha musa inspiradora. <3
ResponderEliminarsempre tive bode de magenta, mas tô apaixonadinha. <3
ResponderEliminarsim! será online, Gabi. (olha eu sendo íntima.kkkk)
ResponderEliminardimmm! faz muita falta, Lu. inclusive foi um dos pontos que desequilíbrio do meu armário. Depois vou fazer um post mais aprofundado sobre cada um desses detalhes! :D
ResponderEliminartô com 86 agora, mas espero chegar nessa meta ainda mais enxuta de armário! <3
ResponderEliminarPaty, desapegar é vida!!! Realmente a gente se livra de alguns pesos!
ResponderEliminarownn <3 <3
ResponderEliminareu jamais conseguiria usar só um tipo de roupa, mas o exercício de minimizar o armário é muito válido. Economiza demais nosso tempo!
ResponderEliminaro básico-vou-ali-na-esquina era um monte de camiseta velha e shortinho sem graça. foi tudo pra doação. As únicas coisas que não estão nessa lista são minhas roupas de academia e pijamas. :D
ResponderEliminarhahahahaha Eu guardei 5 peças de estampas minhas! Mas é o seguinte: a Prosa tem um pequeno acervo com todas as peças estampadas. Não faz parte do meu armário, mas eu sempre uso quando quero uma estampa. Entende? É uma arara só da Prosa. :) Só não uso mais porque, como você pode imaginar, eu vejo minhas estampas todos os dias, espalhadas pelos 4 cantos da minha casa, então eu enjôo delas antes sequer de chegar na loja. kkkkkkkk Mas não deixo de usar não. :P
ResponderEliminartô aqui na luta pra não parar de escrever. tá faltando foco! hahaha
ResponderEliminarobaaa!! obrigada! <3
ResponderEliminarQuerida Carol... estou há algum tempo querendo e tentando fazer isso ... deixar meu guarda roupas mais enxuto e sóbrio, com meu estilo ... Você não sabe de quanta ajuda, parâmetro e inspiração está sendo esse seu post...
ResponderEliminarSó faltou uma coisa, não sei se vais fazer depois ... o desapego dos calçados, e o que foi mantido... bjs.
Armário capsula da Carols? :OOOOO *-*
ResponderEliminarPor um lado teu post é um choque pra mim, porque tu consome/consumia muito, então vê que tu conseguindo desapegar as bagatelas assim, é sinal de que eu também consigo, rs.
Sério, eu vivo tendo crise do que vestir, amo estar me sentindo bem, só que, com o calor que tá aqui no RJ e a maioria das roupas que tenho (assim como você, são invernais), só me resta entrar em desespero.
Adorei a tua paleta, e vê que tu fez isso é o mais legal ainda. Acompanho te há algum tempo (ÃO), e de uns meses pra cá você realmente começou a falar sobre essa tensão de que não sabia mais em qual estilo se encontra. Eu particularmente AMO teu estilo despojado, arrumado, chique e do tipo tô nem aí pro que cê pensa, vou continuar andando com a minha silhueta desconstruída, RÁ.
Espero que tu encontre o estilo logo, mas adoro todas as suas facetas, e tu consegue me inspirar em todos os momentos. Tenho milhares de looks no cel pros momentos de rebeldia comigo mesma.
Se cuida e pena que não vou poder desfrutar com louvor do bazar, pq sua numeração deve ser pequetita pra 44 aqui! :')
Beijos <3
Carol, estou desde o ano passado nesse processo de desapego fashion. Comprando menos, doando sempre e vendendo tbm. Agora estou com 94 peças e ainda acho que posso me desapegar mais. Em março já programei uma outra limpa. Agora queria tirar uma dúvida, eu virginiana que sou fiquei aqui contando as suas peças antes mesmo de ver que você fez isso, e não entendi sua divisão de inverno e verão. Foi por cor? Tecido? Pq olhando assim sem saber o material de suas peças eu contei mais que 33 que dariam pro verão.
ResponderEliminarAh, faço parte de um grupo no facebook que chama Em busca de um armário-cápsula, acho que você nessa nova fase iria gostar. Fica a dica ;)
Eu amooo fazer desapegos. Sou meio maníaca com arrumação de armário (louca, né, eu sei), e toda vez que vou dar uma ajeitadinha nele, tiro pelo menos umas 2 peças pra doar. Até um tempo atrás eu era muito compulsiva nas compras: comprava em quantidades absurdas e tinha aquela impressão de nunca ter nada pra vestir. Minhas contas em fast fashion eram enormes e vergonhosas. Aí sei lá, talvez com a idade (vou fazer 27) a gente começa a ver que isso não é tudo na vida. Além disso, estou aprendendo a costurar, e por isso aprendi sobre tecidos (os que valem a pena e os que não) e também se a peça na loja vale aquele valor. A consequência disso é que reduzi drasticamente meu consumo, visto que a esmagadora maioria das roupas não valem aquilo que custam (obviamente que estou falando de grandes produções, fast fashions da vida e tal). Não deixei de comprar, mas hoje em dia penso bastante antes de fazê-lo. Comecei a valorizar mais o meu estilo também (não me apegar em modinha, e sim naquilo que eu realmente curto).
ResponderEliminarEntão eu super me identifico com o seu momento, só não reduzi o armário em 86 peças (quem sabe um dia..), mas melhorei bastante. Boa sorte aí :)
Beijos
Ficou muito bom esse post, em vários momentos me peguei imaginando o que eu eu tiraria e o que eu deixaria no meu armário. Você arrasa Carol!!
ResponderEliminarp.s: Entendo perfeitamente sobre as blusinhas que viram pijamas devido a má qualidade.Rsrsrs, ó vida!
Oi Carol, faz muito tempo que não comento aqui, mas continuo a acompanhar seu blog, na verdade seu insta e tudo em geral.
ResponderEliminarfiz a mesma coisa que vc recentemente e tenho investido em comprar peças de maior qualidade, talvez influenciada pelo meu ambiente de trabalho, continuo na área adm, mas trabalho num e-commerce de moda básica premium, mas ainda dou minhas escapadas nas fast fashion da vida zara - forever, mas acho bom dar essa renovada e se vc acha que esta sem criatividade releia seu texto que mesmo para falar de desapego é diferenciado, quando falamos de blogueiras aqui no trabalho, sempre comento de vc, como vc é completa.
bjs
tento fazer isso sempre... mas é muita coisa... rsrs... e desapegar tanto assim, é uma conquista, com certeza! Parabéns pela determinação... e como vai ser seu brechó online? Pra quando é? Quero bisbilhotar e ver se garimpo algo seu... rs
ResponderEliminarAaah bom, tá certo! Eu sabia que não ias poder viver sem estampas :D
ResponderEliminarOi Carol! Super me identifiquei com a sua fase. Várias mudanças na vida, chegando nos 30 e quero me entender melhor e amadurecer meu estilo. Na verdade, encontrar meu estilo, encontrar a minha forma de comunicar visualmente quem sou.
ResponderEliminarVou fazer o mesmo nas minhas peças.
Super Beijo,
Fernanda Odete
Consigo explicar pra todo mundo o que sinto com seus posts no blog, como não te amar mulher? rs
ResponderEliminarPassei por esse mesmo problema de enrrolar e enrrolar pra desapegar de algumas roupas, até que consegui separar tudo, porém as roupas que foram pra venda eu fiquei bem uns 10 meses pra vender, marcava e aí pensava que UM DIA poderia usar aquilo e aí desmarcava com a garota que tinha comprado, até que decidi tirar de vez tudo que não me agregava valor, desde as roupas até as pessoas, e agora estou aqui sendo feliz sem apego sentimental as roupas novas (e pretas, porque assim não tem como errar tanto rs)
Muito massa ver tua mudança, diria evolução, em relação a observar a vida e constantemente observando a necessidade de mudança. Faz tempo que tu já faz post, até por trabalhar com isso e ter uma visão mas observadora, sobre a cadeia produtiva de moda, e como é agregado valor a uma peça, que peças mais baratas significam que alguém ta sendo explorado nesse processo. Também está chegando pra mim a necessidade de rever esses conceitos, de rever meu consumo e ler esse texto foi muito bom.
ResponderEliminar[…] A Carol Burgo está reformulando todo o seu guarda roupa e achei bem interessante esses post dela pra quem também quer Desapegar. […]
ResponderEliminarOi Carol!
ResponderEliminarEstou apaixonada pela sua decisão e suas peças mantidas! Mas não posso deixar de perguntar: AONDE SERÁ ESSA LOJINHA?
rsrs
Falando de desapego e eu apegando... To pronta ainda não, mas admirei de coração!
Bjsss!!
Ai Carol, tão eu esse sentimento de confusão...
ResponderEliminarTambém tou numa eterna crise de estilo que não acaba nunca e dura há mais de 1 ano... :/ Eu olho pro meu guarda roupas cheinho de peças e sempre escolho as mesmas: preto, branco e cinza. Porque né? Confesso que me forço a usar certas peças porque elas estão ali e não merecem ficar paradas, mas qdo me olho no espelho vejo uma Bianca que não é mais eu mesma. Muito estranho, chato e desconfortável.
Admiro tua coragem de fazer essa revolução numa tacada só! Eu tou abrindo mão das coisas aos poucos, mas mesmo que eu nao use, ainda sou bem apegada, o que é uma coisa muito ruim.
Beijos!
Blog Bianca Schultz
Oi Carol, Amo seu blog! Também estou fazendo uma faxina geral no armário e queria te perguntar se você conhece alguma costureira boa no Rio de Janeiro pra fazer vários pequenos consertinhos, pra revitalizar aquelas peças que estão fora de uso porque estão com um rasgadinho aqui, uma bainha por fazer ali... Um beijo
ResponderEliminar