Há tempos venho desejando mais simplicidade nos meus looks diários. Claro, tem toda uma micro-tendência movimentando inconscientemente esse desejo, mas esse tipo de tendência não brota do nada. Geralmente nasce de uma vontade coletiva que envolve outras variáveis que acabam influenciando a moda.
Por exemplo: a tecnologia simplificando os processos de comunicação, a vida cada vez mais corrida das pessoas, a questão ambiental urgente começando (lentamente) a pautar nossas escolhas de consumo, o excesso de informação trazendo uma necessidade quase imediata de "limparmos" nossa vida de tudo que é excedente, uma força feminista totalmente renovada, nos ajudando a entender que nosso corpo não é adereço masculino, os discursos empoderadores mostrando que não temos que agradar ninguém, que nosso conforto é mais importante que mostrar nossas curvas, as discussões sobre identidade de gênero apresentando toda a gama de nuances que existem entre o binômio homem-mulher. Tudo isso são questões que estão pipocando por aí e que influenciam de forma significativa aquilo que desejamos vestir.
Pode parecer conversa de doido, mas não é. O que vestimos é um reflexo do nosso contexto. É uma liguagem cheia de signos como qualquer outra e igualmente influenciada por questões sociais e políticas. A roupa sempre foi uma forma de "conversar" com o outro, ainda que o texto nem sempre traduza o que somos, afinal roupa é roupa, essência é essência.
Mas foi justamente no meio desses questionamentos, dessa minha necessidade pessoal de me livrar de certos signos, que eu comecei a pensar em fazer roupas básicas para a Prosa (assim nasceu o #BásicosDaProsa). E aí entrei num dilema enorme: a dificuldade em criar o simples. Criar o simples vai de encontro à natureza da própria criação. O simples é o caminho oposto à experimentação criativa e às vezes fica difícil conciliar nossa "efervescência" artística com uma coleção simples.
Dia desses parei para pensar no que levamos em consideração quando compramos uma roupa. Tecido, modelagem, estampa, qualidade, bordados. São muitas variáveis! Mas a simplicidade de uma peça é sempre motivo de conflito interior: a gente nunca acha que vale a pena pagar por uma peça simples.
Quantas vezes na vida me peguei pensando: "poxa, R$ 80 numa camiseta básica? Não compensa." E lá ia eu gastar meus R$ 80 numa blusa de franjas, bordados e apliques. Porque eu entendia que uma blusa básica não tinha um valor agregado pelo qual valesse a pena gastar meu dinheiro. Mas eu gastava o mesmo dinheiro numa peça cheia de detalhes, recortes, golas, babados que dificilmente seriam tão versáteis quanto a tal blusinha branca. Por anos gastei meu dinheiro com a ~peça bapho~ e negligenciava a necessidade de ter roupas mais democráticas no meu armário. O resultado disso foi um guarda-roupa excessivamente grande, cujas peças não conversavam entre si. Um estilo mudo.
É fato que, para muita gente, a blusinha básica tem "menos" valor percebido e é por isso que é tão difícil encontrarmos roupa simples nas lojas. Tente encontrar um vestido de Reveillon sem paetês, sem recortes, sem rendas, sem rachas, sem drapeados, apenas um vestido simples, bem cortado, bonito, num tecido liso bacana. Você não vai encontrar. Por que uma roupa simples não tem um apelo comercial que faça as pessoas quererem pagar por ela. As pessoas entendem que o simples é fácil, quando na verdade, a simplicidade é infinitamente mais difícil de ser criada, do que a complexidade.
E por quê a simplicidade é tão difícil? Porque é uma síntese. Quando criamos uma peça simples, passamos por um processo de "aparar as arestas" constantemente. A prolixidade, no texto ou na moda, é mais fácil de criar do que a síntese. Pegue um texto enorme e tente resumir o mesmo assunto em cinco linhas. Você vai quebrar a cabeça pra fazer isso. E vai quebrar ainda mais para fazer com que seu texto de 5 linhas seja igualmente incrível, claro e envolvente.
O mesmo acontece com a criação de roupas simples ou básicas. Ao mesmo tempo que nosso desejo é consumir e criar coisas simples, essa simplicidade não pode ser esvaziada de interesse. A roupa simples tem que ser tão desejável quanto a roupa mais rebuscada e fazer com que o consumidor perceba esse valor, é uma tarefa difícil para muitas marcas.
Hoje eu entendo o porquê de existirem poucas lojas que apostam num conceito mais minimalista. Porque todo mundo precisa de um basiquinho, mas ninguém quer pagar um preço justo por ele. A gente faz a conta errada. Pensa no preço que pagamos por uma roupa, mas não na quantidade de uso que ela tem na nossa vida.
Percebo que essa onda de minimalismo, armário cápsula, consumo consciente, etc, está, finalmente, fazendo a gente contabilizar o valor de uma roupa pelo que ela realmente agrega ao nosso armário, pelas possibilidades de combinação e o quanto ela pode ser versátil no nosso dia a dia.
Hoje, depois de me livrar de 80% do meu armário, não só consigo valorizar mais as peças básicas, como consigo também criá-las para a Prosa com mais tranquilidade. Os desafios de vestir ou de criar uma roupa básica, simples, passam quase que pelos mesmo processos: limpar os excessos e encontrar uma síntese que continue sendo interessante e desejável.
Minha amiga Nathalie que, além de maquiadora, virou diva-musa da coleção minimalista da Prosa | Cliquem na imagem pra conhecer o perfil dessa maravilhosa. |
Quantas vezes na vida me peguei pensando: "poxa, R$ 80 numa camiseta básica? Não compensa." E lá ia eu gastar meus R$ 80 numa blusa de franjas, bordados e apliques. Porque eu entendia que uma blusa básica não tinha um valor agregado pelo qual valesse a pena gastar meu dinheiro. Mas eu gastava o mesmo dinheiro numa peça cheia de detalhes, recortes, golas, babados que dificilmente seriam tão versáteis quanto a tal blusinha branca. Por anos gastei meu dinheiro com a ~peça bapho~ e negligenciava a necessidade de ter roupas mais democráticas no meu armário. O resultado disso foi um guarda-roupa excessivamente grande, cujas peças não conversavam entre si. Um estilo mudo.
É fato que, para muita gente, a blusinha básica tem "menos" valor percebido e é por isso que é tão difícil encontrarmos roupa simples nas lojas. Tente encontrar um vestido de Reveillon sem paetês, sem recortes, sem rendas, sem rachas, sem drapeados, apenas um vestido simples, bem cortado, bonito, num tecido liso bacana. Você não vai encontrar. Por que uma roupa simples não tem um apelo comercial que faça as pessoas quererem pagar por ela. As pessoas entendem que o simples é fácil, quando na verdade, a simplicidade é infinitamente mais difícil de ser criada, do que a complexidade.
E por quê a simplicidade é tão difícil? Porque é uma síntese. Quando criamos uma peça simples, passamos por um processo de "aparar as arestas" constantemente. A prolixidade, no texto ou na moda, é mais fácil de criar do que a síntese. Pegue um texto enorme e tente resumir o mesmo assunto em cinco linhas. Você vai quebrar a cabeça pra fazer isso. E vai quebrar ainda mais para fazer com que seu texto de 5 linhas seja igualmente incrível, claro e envolvente.
O mesmo acontece com a criação de roupas simples ou básicas. Ao mesmo tempo que nosso desejo é consumir e criar coisas simples, essa simplicidade não pode ser esvaziada de interesse. A roupa simples tem que ser tão desejável quanto a roupa mais rebuscada e fazer com que o consumidor perceba esse valor, é uma tarefa difícil para muitas marcas.
Hoje eu entendo o porquê de existirem poucas lojas que apostam num conceito mais minimalista. Porque todo mundo precisa de um basiquinho, mas ninguém quer pagar um preço justo por ele. A gente faz a conta errada. Pensa no preço que pagamos por uma roupa, mas não na quantidade de uso que ela tem na nossa vida.
Percebo que essa onda de minimalismo, armário cápsula, consumo consciente, etc, está, finalmente, fazendo a gente contabilizar o valor de uma roupa pelo que ela realmente agrega ao nosso armário, pelas possibilidades de combinação e o quanto ela pode ser versátil no nosso dia a dia.
Hoje, depois de me livrar de 80% do meu armário, não só consigo valorizar mais as peças básicas, como consigo também criá-las para a Prosa com mais tranquilidade. Os desafios de vestir ou de criar uma roupa básica, simples, passam quase que pelos mesmo processos: limpar os excessos e encontrar uma síntese que continue sendo interessante e desejável.
Ps: a coleção nova da Prosa estará disponível na loja a partir de segunda-feira, 13/06. :)
Simplesmente amando essa fase nova!!!
ResponderEliminarO difícil do básico, acredito eu, é que ele tem que vestir com perfeição, já que não temos outros pontos a observar...
Por exemplo, uma gola mal costurada num tecido estampado, ou com franjas, recortes, tachas e afins, pode passar despercebido, mas num básico o defeito quase grita!
Difícil questão! rsss
Ansiosa pra ver essa coleção nova, apesar de achar que esses rosinhas não me favorecem!
Beijos...
Anna Camila
Muito lindas as peças da coleção nova, e muito boa sua reflexão!
ResponderEliminarFaz muito sentido pra kim, porque venho dado juito mais valor às roupas básicas e mais minimalistas nos últimos tempos. Tem tanta coisa acontecendo no mundo e na minha vida, tantas preocupações e tantas decisões a serem tomadas o tempo todo, que percebi o quanto é importanta que as roupas que visto não sejam mais uma preocupação. Tenho deixado no meu guarda-roupa peças confortaveis e que me fazem sentir bem, que conversam entre si sem ter que pensar muito, e isso ta facilitando muito minha vida.
Sou libra com ascendente em libra, o que mais odeio é ter que escolher entre muitas opções, rs.
Carol essas peças claras, são transparentes?
ResponderEliminarLeila
Despois que fiz o armário cápsula, percebi extamente isso, eu investia em muitas coisas extravagantes demais e não tenho peças básicas, também tenho dado preferências por peças básicas e que são atemporais. Bjooo!!
ResponderEliminarQue análise maravilhosa, Carol. Eu consigo me identificar profundamente nas tuas palavras.
ResponderEliminarOs #BásicosDaProsa estão lindos demais. Você tem cumprido esse desafio com excelencia, haha! Ansiosa pra ver a nova coleção. Vai com tudo! <3
Ai Carol, te entendo tanto. Tou fazendo 30 daqui dois meses, e como esse negócio de retorno de saturno é real, né! Bah, é tanta coisa que venho mudando na minha vida, desde a busca por uma nova carreira profissional até a nova na forma de vestir e pensar. Li teu outro post sobre as cores, e me vi. E isso que sou leonina, ou seja, gosto de roupas que se destaquem, mas desde o ano passado venho notando esta mudança, e acompanhar alguns blogs foi fundamental. Ler sobre consumo consciente, sobre saber a origem da roupa que usamos, quem a produziu e tal, vem me influenciando muito a tentar consumir de forma mais inteligente. Teu armário reduziu 80%, o meu deve estar nuns 50, heheh, e já estou me preparando para quando verão chegar (moro no RS e o inverno aqui tá f...) e tirar mais peças que não tem mais a minha essência. Tenho buscado por peças mais básicas, e realmente esta é uma dificuldade. Complicado achar peças bonitas, com bom corte, e essa questão de não darmos tanto valor, é verdade. Tu tocou num ponto que eu ainda não havia pensado. Vou espiar tua loja na semana que vem! Parabéns e obrigada por influenciar as pessoas de forma tão positiva. Beijão
ResponderEliminarGostaria mto de comprar na loja, mas meu quadril de 115 cm nao deixa eu pensar no assunto. Na loja nao tem gg e mto menos tamanho G. Alias, busto G tamanho 98 cm ta de sacanagem, né?
ResponderEliminarOi Tiane! Nosso busto G veste até 104cm, conforme nossa tabela e tem G sobrando aqui. E o quadril veste até 110cm com folga. Ou seja, veste seus 115. Eu tenho 100 cm de quadril e visto P na Prosa. Então o G com certeza veste 115. :)
EliminarQue massa, Carol! Adorei o texto e tô super curiosa pra ver as novidades da prosa nesse sentido!
ResponderEliminarBeijos!
Estou louca para ver essa coleção básica, já que estou seguindo uma doutrina de me vestir bem, mas sem ficar horas escolhendo um look. As peças básicas acabam ajudando muito nesse processo.
ResponderEliminarJá escondi meu cartão porque essa nova coleção vai ser muita tentação para meu momento econômico. Parabéns Carol por tudo que você faz é muito massa, da pra ficar o dia todo lendo seus post (desculpa chefe), e viver só de Prosa.
ResponderEliminarCarol, amo seus textos e reflexões. Cada vez pensando mais assim! Beijos!
ResponderEliminarSer simples, sem parecer "caguei para meu look do dia", não é fácil por falta de opção. Não opção de peças, eu diria, opção de referências. Nas lojas vemos o básico com uma peça mais diferentinha. É difícil ver o básico com básico, a não ser que a gente dê um google: Minimalist Outfits.
ResponderEliminarVejo similaridade com o seu post sobre encontrar boas roupas em meio a roupas meio trash em um brechó. Tem que olhar além...
Tenho procurado ser mais minimalista na minha forma de vestir. Só nessa semana, foram duas limpezas feitas no guarda roupa. Que chegue logo dia 13!
Coincidentemente, minha amiga Day Molina, criará coleções minimalistas para sua marca Miniimo. Já tenho duas opções de referência. Yes!!!
https://www.facebook.com/oficialminiimo
Carol, traduzindo meus sentimentos....
ResponderEliminarMuito amor!
Massa, carol! Disse tudo. Você acende uma luz enorme na minha cabecinha oca toda vez que fala sobre isso. Tinha também um armário lotado de peças que nao conversavam e nem traduziam minha personalidade. Estou ansiosa pra essa coleção. Bjo
ResponderEliminarMal. Posso. Esperar.
ResponderEliminarFico fascinada com a originalidade que você imprime nos seus textos e nos temas que escolhe para os posts. Seu nível de reflexão e posicionamento sobre o que aborda são muito únicos, arrisco a dizer que você é a pessoa da minha idade mais interessante que não conheço. Você é fora da caixinha! Amo quando tem post novo, amo quando tem 300s de snap seu, adoro acompanhar a sua lógica de sentir o mundo. Você é resultado de muitas experiencias bastante enriquecedoras, não poderia ser uma Carolina menos incrível que isso. Você lacra a porra toda! Bato palma!
ResponderEliminarobrigada, Simone!!!! <3
Eliminar"Você é a pessoa da minha idade mais interessante que não conheço". Simone, é exatamente isso! Obrigada por traduzir o que eu sinto e nunca consegui. Bato palma!
EliminarCarol, amor. Somente. <3
Muito bom o texto, realmente precisamos nos livrar dessa ideia de que o básico não vale a pena, porque na verdade, ele vale muito mais.
ResponderEliminarAnsiosa pelo básico da Prosa =D
Carol que texto maravilhoso! Falou tudo, eu adoro roupas simples. Mas simples não deve ser sinônimo de sem graça, ou sem valor. A gente aprendeu a dar muito mais valor pra coisas rebuscadas, só que não vemos a importância do simples. Só que o simples tem que ser bom - corte bonito, tecido legal, costura perfeita, exatamente por isso que ele tem seu valor. Numa roupa cheia de detalhes, o defeito é mais difícil de se ver. AMEI de paixão o vestido, a blusa e a saia <3 Lindos de viver!
ResponderEliminarwww.simpleness.com.br
Pô, concordo com a Simone. Tenho 25 anos e sou sua fã. Espero chegar a sua idade com essa claridade de se expressar, de se descubrir e de ser você. E amo seus textos, suas reflexões. Adorei o vestido também. Espero conseguir me reinventar como você fez. Beijos!
ResponderEliminarAmei seu blog, muito fofo.
ResponderEliminarhttp://www.blogsecretplace.com/
Post muito bem feito!! Amei e entendi a mensagem, orgulho de marcas boas que não fazem o que todos fazem e ainda pensa na sustentabilidade <3
ResponderEliminarwww.meuolharmagico.com
É impressão minha ou essa modelo também tem uma pinta parecida com a tua (que antes eu achava que era um colarzinho... rs)?
ResponderEliminarBeijo! Coleção linda linda! Sucesso!
Tati
Amei sua reflexão. Me peguei parando a leitura e lembrando das vezes em que eu disse: Isso não vale o preço que estão cobrando! kkkkk É, vamos aprendendo com o tempo, amadurecendo as ideias e os conceitos.
ResponderEliminarAchei essa coleção de básicos linda! Há um tempo eu me encontrei nas peças básicas, e vi que era esse o meu estilo. Não que estampas não sejam lindas, mas tem coisas que nos identificamos mais!
ResponderEliminarAdorei a calça linho black, mas já está esgotada :(! Há alguma previsão de reposição?
Carol, to me identificando demais com essa sua nova fase mais clean, mais minimalista, mais básica da vida...
ResponderEliminarEu tenho procurado peças simples para comprar, aquelas que a gente consegue usar sempre e combinar com tudo mesmo, e realmente é mais difícil do que achar boas peças mais complexas ou estampadas - porque quando buscamos o simples passamos a prestar mais atenção no tipo de tecido, no caimento, no corte...
Enfim, amei a nova coleção da Prosa, parabéns! ;)
Beijos!
Clarissa | http://www.umagarotacarioca.com.br
Carol!!
ResponderEliminarComprei anteontem a Nipon Artsy e chegou ontem mesmo! Parabéns pela escolha do tecido, pela estampa incrível <3 e pelo corte maravilhoso.
Estou amando os seus textos sobre consumo consciente! O primeiro que você fez sobre "enxugar" o seu armário me inspirou e fiz o mesmo com o meu, que já me incomodava há tempos! <3 Continue falando sobre esse assunto, por favor! É inspirador e muito importante! Bjs
ResponderEliminarSou fã da simplicidade e do minimalismo. Ótimo texto e linda coleção! Parabéns :)
ResponderEliminarAcabei de conhecer a loja! E preciso te dizer que amei todo o contexto que envolveu a produção das roupas.
ResponderEliminarEu sou a louca por roupas mais básicas, com tecidos mais soltinhos!!
Parabéns pelo trabalho! Com certeza entrou na lista das minhas lojas preferidas!
Texto MARA!
ResponderEliminarAmei a reflexão, sua loja e seu blog. <3
ResponderEliminarEu nunca tinha parado para pensar nessa coisa de não querer gastar muito com roupas básicas e o resultado é um monte de roupa que não combinam entre si. Como um ciclo vicioso.
Estou nessa pegada de minimalismo pessoal e a cada dia mais percebo que isso só agrega.
Um beijo e sucesso!